sexta-feira, abril 13, 2007

Montanhismo

Um dia desses, por mera curiosidade, resolvi pesquisar a origem moderna do "Montanhismo" (na verdade acho que o homem sobe montanhas desde tempos imemoriais) e achei essa definição que me pareceu a mais interessante;

Montanhismo é a prática de subir
montanhas através de caminhadas ou escaladas. É considerado, atualmente, um esporte de aventura e se encontra ligado ao turismo ecológico. O berço do montanhismo, como é conhecido atualmente, é a cordilheira dos Alpes, na Europa, pelo que o termo alpinismo se popularizou como sinônimo de montanhismo mas, a rigor, aplica-se apenas ao montanhismo praticado nos Alpes.

História
As montanhas sempre fizeram parte da história humana por se tratarem de obstáculos a serem transpostos por nossos antepassados em suas viagens exploratórias e migratórias. Em
1492, Antoine de Ville escalou o Monte Aiguille, na França, apesar das inúmeras supertições existentes a respeito de seu cume. Em1744 ocorre a chegada ao cume, que é chamada pelos montanhistas de conquista, do Monte Titlis, em 1770 a do Monte Buet e em 1779 o Monte Velan também é conquistado. Entretanto, é considerado como o marco do alpinismo moderno a data de 8 de agosto de 1786, quando dois franceses, o médico Michel Paccard e o garimpeiro Jacques Balmat venceram os 4810 metros do Mont Blanc (Monte Branco), na Europa, motivados por um prêmio oferecido por Horace-Bénédict de Saussure - considerado o fundador do Alpinismo.
No final do
século XIX e início do século XX ocorreu uma verdadeira corrida a conquistas de montanhas até então inexploradas. Assim, em 1868, os ingleses conquistaram os principais picos do Cáucaso. O Chimborazo foi vencido em 1880, o Aconcágua (6959m) em 1897, ambos nos Andes. Em 1889 foi conquistado o Kilimanjaro (5895 m), na África e o Monte McKinley (6194 m) no Alasca em 1913. O Monte Everest, ponto culminante do planeta, com 8848 metros, situado na Cordilheira do Himalaia na Ásia, foi finalmente conquistado pelo neozelandês Edmund Hillary e pelo sherpa Tenzing Norgay em 1953.

Fonte: Wikipédia

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quarta-feira, dezembro 27, 2006

Serra do mar vista de Curitiba

A montanha mais alta ao centro da foto é o Pico Paraná (a corcova do camelo), com seus 1922 m de altitude se configura como a mais alta montanha do sul do Brasil. Estive lá 12 vezes...e pretendo voltar pelo menos uma vez por ano até o final dos tempos.

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Da janela do meu escritório

Foto tirada aproximadamente às 18:45 h.
Sem tratamento de imagem.
Era uma linda nuvem que insistia em dar
um show antes de anoitecer.

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sexta-feira, maio 05, 2006

...

Como estou sem idéia alguma para escrever, copiei e colei um texto que acho muito bacana...

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
De vocês não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Vocês são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

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quarta-feira, abril 19, 2006

Definições CONAMA sobre montanhas...

cume ou topo - parte mais alta do morro, monte, montanha ou serra;

mono ou monte - elevação do terreno com cota do topo em relação a base entre 50 (cinqüenta) a 300 (trezentos) metros e encostas com declividade superior a 30%. (aproximadamente 17º) na linha de maior declividade; o termo "monte" se aplica de ordinário a elevação isoladas na paisagem;

serra - vocábulo usado de maneira ampla para terrenos acidentados com fortes desníveis, freqüentemente aplicados a escarpas assimétricas possuindo uma vertente abrupta e outra menos inclinada;

montanha - grande elevação do terreno, com cota em relação a base superior a 300 (trezentos) metros e freqüentemente formada por agrupamentos de morros;

base de mono, monte ou montanha - plano horizontal definido por planície ou superfície de lençol d'água adjacente ou nos relevos ondulados, pela cota da depressão mais baixa ao seu redor;

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segunda-feira, março 27, 2006

Os dragões não conhecem o paraíso

Tenho um dragão que mora comigo. Não, isso não é verdade.
Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu.
Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele estava comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs da ausência dele, pensei assim: os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderam no caos da desordem sem nexo.
Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.
Essa imagem me veio hoje pela manhã quando abri a janela e vi que não suportaria passar mais um dia sem contar essa história de dragões. Gosto de dizer, tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade.
Como eu dizia, um dragão jamais pertence e nem mora com alguém. Seja uma pessoa banal igual a mim, seja um unicórnio, salamandra, elfo, sereia ou ogro. Eles não dividem seus hábitos. Ninguém é capaz de compreender um dragão. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro) sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja a sua maneira desajeitada de dizer: que seja doce.
(Caio Fernando Abreu)

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terça-feira, março 07, 2006

Sonhei estar descalço

Esta noite sonhei estar descalço em outro país. Encostado na mureta de um metrô super movimentado. Que sensação gostosa de estar num lugar diferente e ao mesmo tempo desconfortável por estar descalço. Tenho que ter uma conversa séria com Morfeu, para ver se da próxima vez pelo menos me deixa um par de havaianas, assim lembro de onde sou e consigo caminhar mais rápido. Os sonhos se passam num piscar de olhos e não quero perder tempo com detalhes numa viagem tão rara.
Será que foi um sonho premonitório ou uma simples projeção de um desejo antigo?
Não importa, o fato é que mesmo estando descalço me senti bem naquele lugar, como se já morasse lá há muito tempo. Resta saber qual era o país, pois falavam uma língua completamente estranha das que conheço.
Esse foi mais um daqueles sonhos que não teve fim, alguém chegou e disse que tinhamos de
ir até um determinado lugar e fazer uma coisa específica. Mas o grande problema era estar descalço, por isso resolvi não ir com essa pessoa. Simplesmente me encostei na mureta e contemplei aquele lugar tão diferente de todos que conheço.

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terça-feira, novembro 29, 2005

O sétimo selo

Xadrez de sexta-feira com o André Deus...

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quinta-feira, novembro 24, 2005

Crônicas Vampirescas...

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sexta-feira, outubro 14, 2005

Diário - expedição Antártida 13/10/1914.

Dia 13 de outubro de 1914

Acabamos de voltar da caminhada pelo imenso bloco de gelo que se desprendeu de sua parte mais densa essa manhã, estamos encalhados nela há mais de seis meses. É incrível a sensação de se estar navegando em um bloco de gelo com aproximadamente 30 jardas de extensão, estando a 15 nós de velocidade. Parece que o mundo está se movendo lentemente. Alguns de nossos fiéis cães de trenó nos acompanham, fazendo brincadeiras por um pedaço de carne seca. Temos provisões para mais 20 dias e mal sabem os coitados que na falta de comida, eles serão a comida. Por isso brinco com eles, me apeguei a essas criaturas tão selvagens e ao mesmo tempo servis por sua condição, que não é diferente da nossa. Até pior, pois dependem de nós os homens para comer. Mas isso fazia parte do trato com Schackleton, fomos pagos para superar as adversidades desse mundo hostil. Confesso que estou ficando cada vez mais deprimido com todo esse branco ao meu redor. Faltam 3 meses para o degelo da área onde nosso navio está encalhado, mas temos comida para apenas mais duas semanas e meia. Provavelmente seremos obrigados a caçar focas e leões marinhos para continuarmos vivos. Não que isso seja um problema, mas detesto matar animais tão especiais e fortes em sua natureza fria. Mas se for necessário farei sem pestanejar. Afinal, quero contar o que passei, pessoalmente para os meus descendentes. Isso se um dia eu vier a tê-los. Fico por aqui com esses escritos, vou até a sala principal do convés para ver o que os rapazes estão aprontando para passar o tempo. Quem sabe estão jogando poker, seria uma ótima pedida para um dia de nevasca. continua...

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segunda-feira, agosto 15, 2005

Vento

Destino navegante, lembras do vento?
Inerte
ao
som
das
palavras e a expressão
dos
sentidos.
Nada mais possui,
somente ilusões

Jack (Essa é a outra das únicas dessa existência)

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“Blues” do exílio

Esse foi meu primeiro texto, finalmente achei, escrito em meados de 1997...
A ilustração fiz recentemente.

Demorei algum tempo até convencer-me de que eram realmente batidas na porta. Já faziam aproximadamente três anos que não escutava batidas tão reais em uma porta, as únicas que vinha escutando eram as dos filmes de suspense que assistia sem nenhuma periodicidade. Levantei-me rapidamente da poltrona, deixando ao chão “Dante”. Dirigi-me até à porta e antes de tocá-la, ela se abriu. O que via era um homem de rosto fino e barbicha pontuda, vestindo um terno preto e com uma gaita prateada nas mãos, e o que escutava era o mais antigo “Blues” à Mississipi que já ouvira antes. A música paralisou meus sentidos por alguns instantes, deixando um ar pesado no ambiente, sem que pudesse tomar nenhuma atitude. Muito antes do que esperava o homem proferiu algumas palavras:
- Acha que estás sozinho no mundo? Sente-se feliz?
Sem pensar respondi que já não tinha mais certeza a não ser que fosse apenas uma visão, pois os anos solitários poderiam ter me levado a insanidade. Foi neste exato momento que sentou em minha poltrona e começou a falar:
- Como és pretensioso rapaz, está a tantos anos solitário e ainda duvidas, mesmo vendo-me, de minha existência. Estou aqui para dizer-lhe que este é seu inferno, ao contrário do que pensas, e fostes condenado a solidão eterna. As pessoas não desapareceram e sim vivem suas vidas normalmente, só que em outro plano de existência, ou seja, elas não podem vê-lo e muito menos você a elas. Pense como quiser, eu chamo isto de exílio eterno. Foi seu materialismo exagerado e sua falta de amor que o levaram a isto, agora viverás eternamente na luxúria material e na eterna solidão espiritual; gostas?
Reuni todas as forças que ainda me restavam e perguntei-lhe quem era, como se isto ajudasse em alguma coisa. Mas ele respondeu, antes de passar pela porta, tocando sua gaita de boca com um sorriso extremamente sarcástico estampado no rosto:
- Um amigo rapaz, apenas um amigo... Depois de tudo acabar, a única coisa que ainda restava no ar era sua música, e como era maravilhosa...

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segunda-feira, julho 25, 2005

Barraca, Iglu, yurt, yurta, oca e tenda

Para compreender melhor a origem da barraca faz-se necessário um estudo aprofundado da origem do homem e de suas peregrinações pelo mundo através de novos lugares que lhe oferecessem mais alimentação e segurança contra os enormes predadores e tribos inimigas que ameaçavam sua raça. Foram necessários milênios de evolução para que a barraca fosse produzida industrialmente, a idade média com as grandes cruzadas religiosas, foi a percursora de barracas produzidas artesanalmente, o que durou algumas centenas de anos. Para se entender a produção industrial de barracas devemos nos remeter a primeira guerra mundial, onde milhares de homens foram mandados a lugares longínquos para lutar por seu país, tentando sobreviver em condições extremas de vida, necessitando ao máximo de abrigo seguro. Logo após, o próximo passo na evolução industrial de barracas aconteceu no início do século XX, época em que começaram a ser conquistadas as grandes montanhas.
Desde então fez-se necessário o uso de barracas mais apropriadas, já não se podia mais usar tendas militares rústicas e pesadas, necessitava-se de barracas fortes, resistentes e ao mesmo tempo leves.

POVOS NÔMADES E SEMI-NÔMADES

Tomando como referência para o estudo de alguns povos nômades de extrema importância na invenção de abrigos usaremos o Atlas das Raças Humanas escrito por J.M. Thomas, Domenech e A. Padilha Bolívar.
O ponto de partida para este estudo seria um dos povos mais importantes na configuração das barracas mais conhecidas e utilizadas hoje em dia, a iglu.


OS ESQUIMÓS

Os esquimós, que etimologicamente são os “comedores de carne crua”, estendem-se pelas zonas setentrionais da América do norte desde o Alasca até a Groelândia, localizações geográficas com climas extremamente rudes ao ser humano. Os esquimós possuem membros curtos, grossos, de estatura baixa, média de 1,58m. Crânio alto e alongado, rosto de forma pentagonal, largo e de maças salientes e frente trapezoidal. Pele cor pardo, amarelada; cabelo liso e negro.


A pilosidade facial ou corporal é quase nula, fazendo que se assemelhem as focas, animal muito utilizado na fabricação de canoas, roupas e acabamentos da Igloo bem como para sua alimentação.
Os esquimós não vivem em clãs nem tribos, uma esposa ou companheira é vital para fazer frente junto as adversidades climáticas e geográficas em que sobrevive este homem, é comum a bigamia, a convivência social é de total liberalismo, havendo o intercâmbio ou “empréstimo” de esposas. Tatuagem nas faces servem para distinguir mulheres casadas de solteiras. Alimentam-se de carne crua, sendo os cães e caribus os animais domésticos vitais. Aproveitam dos ossos de animais para confecção de arco, flechas, arpões e facas. Na primavera disfarçam-se de foca, vestindo uma pele semelhante às presas para se aproximarem da caça e arpoá-las.


O IGLÚ (Igloo)

Os Iglus são a casa de inverno dos esquimós, mas ao contrário do que todos pensam, estes abrigos não são feitos de gelo, mas sim de neve (empilhada por uma tempestade).
A neve é um excelente isolante e mantém uma temperatura agradável dentro do iglu.
Quando chega o verão, os esquimós constroem suas casa com pele de foca ou até mesmo como ocorre nas terras limítrofes com a Ásia a mesma é construída de pedras. Entra-se nela por um túnel subterrâneo e seu interior é também revestido de pele de focas.
Quando um esquimó encontra um leito de neve apropriado, ele traça a circunferência do iglu e corta os blocos de neve, cada bloco tem cerca de 75 cm de comprimento por 50 cm de largura e 25 cm de expessura. Os blocos são ”recortados” na metade do círculo marcado. A fossa assim cavada serve de piso de entrada para a habitação, a parte não “recortada” do círculo, que permanece no nível original da superfície, forma propriamente dita, a casa. Segundo o brasileiro Camille Kachani em reportagem feita para revista Geográfica Universal, n° 247 de 1995 – pg 70, a maioria dos esquimós hoje em dia sobrevive em pequenos vilarejos com cerca de setenta habitantes. Lá os Iglus foram trocados pelas casa feitas em madeira com aquecimento produzido através de geradores. Apesar disso a aldeia não tem televisão e é raro contato com o mundo exterior.

OS MONGÓIS

Estão localizados desde o sul da Rússia até a China (Ásia Central) nas estepes da Mongólia. Os mongóis possuem um tipo esbelto de estatura média 1,65 m, crânio braquicéfalo, maças do rosto salientes, nariz alto de perfil reto ou convexo. Olhos rasgados sem prega palpebral, pele morena e cabelos negros, possuem certa semelhança com o povo chinês.
Os mongóis são um povo que vivem em estepes e são pastores, vivem em um semi-nomadismo, movimentando-se de lugar quando as condições climáticas exigem.



A YURT

As pequenas tendas Mongóis (Yurt) são cilíndricas e terminam em cúpula, casa habituais das tribos pastoras. São feitas de um trançado de madeira de salgueiro, unido por tiras de couro de cabras. Segundo Michel Setboun diz em reportagem feita para revista Geográfica Universal, n°227 de 1993 – pg 28; “ A medida que comia, eu observava o interior da Yurt. Ela parecia bem maior vista por dentro do que de fora. Talvez a sua forma circular engane nossos olhos. Ou talvez por serem vazias na parte central...” , podemos certamente entender que suas tendas possuem um ótimo espaço interno e vistas de fora não ocupam muito espaço físico, o que é extremamente útil quando se tem um espaço limitado para armar um acampamento.

OS SIBERIANOS
Os siberianos vivem na tundra e taiga do setentrião do continente asiático, constituindo a tribos dos samoiedas, estiakos, vogul, yukaghir, chukchi, koriakos e kamchadales. De tipo robusto, altura baixa, 1,55m. Cabeça mesocéfala, rosto liso de maçãs pouco salientes, nariz de perfil convexo, olhos oblíquos sem prega palpável. Pele branca amarelada; cabelo castanho ou negro, ondulado. Pilosidade facial e corporal quase nula. As relações entre homens e mulheres podem ser estreitas, baseando-se a organização social destas tribos na grande família patriarcal de laços consangüíneos. O elemento afim é um animal-totem. Como personagens mais importantes devem citar-se o shamam ou sacerdote e os caçadores mais adestrados. O matrimônio se resume em pagar um resgate ou kalin ao pai da noiva. Se o futuro esposo não dispõe do valor monetário preciso, pode arranjá-lo trabalhando algum tempo na casa dos sogros. Povos caçadores e pastores, sua economia está estritamente ligada às renas e aos cães, que tiram dos trenós e que servem de alimento, além de ser utilizada sua pele. Os pescados, crus, defumados ou fermentados são seus alimentos básicos. As martas, esquilos, arminhos, búfalos, etc, os abastece de pele e são economicamente apreciadíssimas. Utilizam o osso , as cascas de álamo branco, vértebras de baleia e inclusive as urtigas, das quais os ostiakos fazem uma fibra com que confeccionam suas camisas, para fabricar facas, móveis domésticos ou canoas ligeiras de pele de foca e vértebras de baleia.


A YURTA

A casa comunal, ou yurta, compreendendo duas ou três dezenas de famílias, é a forma típica desses povos se agruparem. Os koriakos vivem em tendas com teto de duas vertentes, e os chukchi em outras feitas com armações de costelas de baleias, recobertas de pela de foca ou rena. O vestuário, indistintamente para ambos os sexos, se compõe de um par de túnicas e de umas calças de pele de rena, ligados a umas botas do mesmo material.

OS CARAÍBAS

Os tyriyós pertencem à família linguística caraíba. São de estatura baixa, média 1,60m; pele cor de argila amarelo-cinzenta; cabelos lisos, grossos e negros; olhos forma de amêndoa e cor escura. Robustos; rosto arredondado . A não ser nos dias de festa tribal, andavam nus. Família geralmente monógama. O casal é sempre fiel. A tribo possui um chefe temporal, o pajé. As canoas indígenas são feitas de casca de árvore, as chamadas piroga ou ubá. Além do arco e flecha, em certas tribos utilizam a zarabatana ou esgaravatana, que é uma arma de sopro que despeja setas envenenadas contra o alvo. No preparo e limpeza de área usam o sistema de coivara (queimada). Da farinha de mandioca é feito o pão que é posto no fogo a cozinhar. O instrumental para as lavouras são os mais rudimentares que foram conhecendo no contato com o civilizado. O indígena é fetichista, acredita nos espíritos maus que invadem a aldeia e nos espíritos da floresta. As danças duram dias e as mulheres observam a distância. Destaca-se a arte "marajoara" e a cerâmica entre os "carajás". Usam tintas( para o corpo e para outras pinturas também ) obtidas do "urucu".
Na maioria das tribos brasileiras, os mortos são enterrados em urnas de barro, enormes, nas quais o corpo fica sentado. Em muitas tribos, assim que pacificadas, adotaram a vestimenta dos civilizados, a escola, a boa agricultura e da pecuária; do artesanato e da religião católica ou protestante. As canoas indígenas são feitas de casca de árvore, as chamadas piroga ou ubá. Além do arco e flecha, em certas tribos utilizam a zarabatana ou esgaravatana, que é uma arma de sopro que despeja setas envenenadas contra o alvo. No preparo e limpeza de área usam o sistema de coivara (queimada). Da farinha de mandioca é feito o pão que é posto no fogo a cozinhar. O instrumental para as lavouras são os mais rudimentares que foram conhecendo no contato com o civilizado. O indígena é fetichista, acredita nos espíritos maus que invadem a aldeia e nos espíritos da floresta.



A OCA

As aldeias ou malocas se compõem de ocas de seis famílias (algumas aldeias possuem ocas com capacidades muito maiores). As casas têm um formado elipsóide, feitas com esteios, amarrados no teto e cobertas com capim sapé. Dormem em redes tecidas em algodão ou fibra de buriti que são atadas aos esteios da casa. As ocas são dispostas em círculo, em torno de uma praça chamada ocara.

OS CIGANOS

Segundo estudado em partes do livro Mutation Tsigane(Mutação Cigana), de J.P.Liégeois, há uma lenda cigana, passada por geracões e gerações, que diz que o povo cigano foi guiado por um rei no passado e que se instalaram em uma cidade da Índia chamada Sind onde eram muito felizes. Mas em um conflito, os muçulmanos os expulsaram , destruindo toda a cidade. Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra...
A razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério. Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades. Segundo outra lenda, narrada pelo poeta persa Firdausi no século V d.C., um rei persa mandou vir da Índia dez mil Luros, nome atribuído aos ciganos, para entreter o seu povo com música. É provável que a corrente migratória tenha passado na Pérsia, mas em data mais recente, entre os séculos IX e X. Vários grupos penetraram no Ocidente, seja pelo Egito, seja pela via dos peregrinos, isto é, Creta e o Peloponeso. O caráter misterioso dos ciganos deixou uma profunda impressão na sociedade medieval. Mas a curiosidade se transformou em hostilidade, devido aos hábitos de vida muito diferentes daqueles que tinham as populações sedentárias. A presença de bandos de ex-militares e de mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem. Além disso, as possibilidades de assentamento eram escassas, pois a única possibilidade de sobrevivência consistia em viver às margens das sociedades.
Os ciganos eram facilmente identificados com os Turcos porque indiretamente e em parte eram provenientes das terras dos infiéis, assim eram considerados inimigos da igreja, a qual, condenava as práticas ligadas ao sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos que os ciganos costumavam exercer.
Dos preconceitos á discriminação, até chegar as perseguições. Na Sérvia e na Romênia foram mantidos em estado de escravidão por um certo tempo; a caça ao cigano aconteceu com muita crueldade e com bárbaros tratamentos. Deportações, torturas e matanças foram praticadas em vários Estados, especialmente com a consolidação dos Estados nacionais.
Sob o nazismo os ciganos tiveram um tratamento igual ao dos judeus: muitos deles foram enviados aos campos de concentração, onde foram submetidos a experiências de esterilização, usados como cobaias humanas.
Calcula-se que meio milhão de ciganos tenha sido eliminado durante o regime nazista. Atualmente, os ciganos estão presentes em todos os países europeus, nas regiões asiáticas por eles atravessadas, nos países do oriente médio e do norte da África.



A TENDA

Suas tendas eram feitas de armações de madeira do local onde estavam acampados, ou madeiras trazidas em suas carroças, cobertas com fortes panos feitos por eles mesmos com tecidos negociados em encontros com caravanas

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terça-feira, julho 19, 2005

Aquele frio de antes...



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segunda-feira, julho 11, 2005

Acordei dentro de um campo Paratron.

Este é o ínicio de um conto baseado na série alemã de ficção científica chamada Pherry Rhodan, estou trabalhando para terminá-lo.

Já faziam 37 horas que eu caminhava entre árvores e raízes, meu corpo tinha chegado ao limite de esforço que era possível agüentar naquele momento.
Os sóis de Navord se esforçavam para penetrar naquela floresta densa e úmida de cor levemente azulada, em alguns pontos a temperatura era extremamente elevada, chegando a atingir a marca 65ºC nos locais de menor altitude. Os poucos raios que conseguiam penetrar naquela floresta eram suficientes para iluminar a trilha imaginária que instintivamente era traçada na minha mente de 10 em 10 minutos. Nas primeiras 3 horas eu não conseguia perceber onde e quando estava, efeito colateral do campo paratron de 5º dimensão.
A real situação só se tornou clara quando lembrei de uma conversa que tive com Icho Tolot em meu camarote há três dias atrás. Segundo ele o mecanismo de aprisionamento no campo paratron foi projetado pelos antepassados de sua raça em tempos imemoriais e que nem eles os Halutenses com seus dois cérebros e dois corações conseguiam perceber facilmente quando estavam num campo paratron. Segundo ele só os oxtornenses tinham facilidade de perceber um campo desses, mas essa raça não pode ser tomada como parâmetro de comparação. Seu corpo e mente são mais desenvolvidos para situações extremas tanto no nível psicológico como físico. Para eles um campo de paratron seria como um safári na África, um lugar de gravidade reduzida como qualquer outro, ótimo para se tirar umas férias. Mas para nós humanos as coisas não eram tão simples assim.
Segundo Tolot, toda mente inteligente possui mecanismos de percepção de realidade que são acionados de tempos em tempos conforme variação de fatores externos como densidade do ar, temperatura e gravidade. Quando nosso corpo começa a sentir o efeito estafante de qualquer um desses fatores, nossa mente desperta em algum ponto e pergunta a si mesma se aquilo é realidade ou sonho. Esse é o momento para se acordar dentro de um campo paratron. Às vezes chego a pensar que valeria a pena nem acordar, simplesmente se deixar morrer sem ter a mais breve consciência disso, o sofrimento seria menor. Mas se você acorda, ainda existe uma chance de sobrevivência, e é por isso que acordamos, instinto de preservação humana. Mas o preço a ser pagar é alto, as dores físicas são quase insuportáveis, pois a gravidade e temperatura são extremamente elevadas para os seres humanóides. A confusão mental é uma constante, é como se uma droga poderosa tivesse sido injetada diretamente no cérebro e transformasse sua vida de um segundo para outro num inferno. Essa é a melhor descrição de um campo paratron de 5º dimensão para o ser de uma raça humanóide, o inferno cristão da idade média, aquele de Dante. Sem o romantismo característico da época, só a dura realidade científica do ano de 2469.
continua...

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quinta-feira, junho 02, 2005

Relacionamentos humanóides

A SEDUÇÃO

Segundo os livros especializados no assunto, a sedução existe desde tempos imemoriais em nossa espécie. Conta uma lenda cigana que até antes da criação do homem, o Diabo já tentava seduzir Deus para que criasse uma companhia para eles. O que ele não conseguiu é que Deus desse a ele esse presente. E diz a lenda que logo após o homem ter sido criado, Deus desceu até a terra e condenou o Diabo a viver nas profundezas por toda eternidade, pois percebeu que o Diabo não era bom amigo porque tinha inveja dele e do homem.
A Outra história é a de Adão e Eva, que foram seduzidos pela cobra a comer do fruto proibido, mal sabiam eles que estavam traçando o destino da humanidade naquele momento. A sedução é mais antiga do que podemos imaginar e sempre foi a base inicial de todos os relacionamentos de nosso planeta dos macacos.

A CONQUISTA

Esta é o prêmio da sedução, vem depois de um processo de conhecimento mútuo e aceitação das qualidades e defeitos do outro. Mas não é eterna, pois a sedução geralmente desaparece depois de um tempo que se vive numa rotina comodista. Devemos dia a dia seduzir o outro, para que a chama do que é novo nunca se apague. Mas como fazer isso se a vida é tão cruel em alguns momentos e insiste em colocar percalços no nosso caminho para que esqueçamos o quão importante é continuar a conquistar dia a dia o nosso objeto de amor.

O RELACIONAMENTO

É a melhor parte de todas nessa história toda, mesmo sendo também a mais complicada.
Nesse aspecto Deus foi um ótimo engenheiro, criou o homem e deu a ele a possibilidade de se encaixar com inúmeros outros seres, basta encontrar, testar e ver se dá certo.
E como é bom saber que existe alguém te esperando todos os dias após o trabalho. Mesmo que façamos um esforço, é impossível ser feliz sozinho. Parece que falta algo, um membro de nosso próprio corpo.
Mas são apenas divagações, quem pode afirmar que um ermitão não é feliz em sua caverna?
Alguém aqui conhece algum ermitão?

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sexta-feira, maio 20, 2005

Eu estava num opala verde que virava uma esquina...

De vez em quando acontece um fenômeno que me deixa muito intrigado. É sempre num momento em que tudo está perfeito e não poderia ficar melhor que sou subitamente transportado, via imaginação e sentidos, para um lugar num passado não muito remoto que conheço mas que nunca vivi de fato. É difícil explicar, pois acontece num lugar aqui dentro que desconheço e apenas durante alguns poucos segundos. Mas é uma experiência muito doida.

O espaço-tempo

Não consigo precisar muito bem, mas parece que o tempo é no ínicio da década de 80 (eu devia ter uns 5 anos nessa época) e o espaço uma rua que passa em frente da casa onde nasci.
É num domingo, antes do habitual churrasco da igreja. O dia está ensolarado e eu estou dentro de um opala 69 verde, em alta velocidade e fazendo uma curva para entrar numa esquina. Não sei o que toca no rádio nesse momento, mas sei que a cidade está completamente deserta. Tem uma casa amarela estilo chalé que sempre olho antes de fazer a curva, parece que já vivi uma outra vida naquele lugar.

É incrível a sensação de bem estar que tenho quando volto para esse opala durante alguns segundos. Não sei porque isso acontece e deixei de procurar explicações há muito tempo.
O estranho é que desde que era criança esse evento se repete, quer dizer, eu ainda nem sabia dirigir com 8 anos de idade e mesmo assim era transportado para esse opala em alta velocidade entrando nessa esquina. Sabe o que é louco nisso tudo? Passo toda semana nesse lugar, fica perto da casa dos meus avós, mas nunca tenho a sensação de bem estar que tenho quando acontece na imaginação. É como se fosse um refúgio da minha alma, um espaço vago no passado que ela procura toda vez que se sente completa e feliz.

Não consigo interagir de forma alguma com esse momento, sou apenas um espectador. E sempre que acontece estou tão de bem com a vida que na verdade nem tento fazer nada diferente, simplesmente faço aquela curva mais uma vez e sinto aquele estado de bem-estar e felicidade que só esse opala verde pode compartilhar comigo.

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segunda-feira, maio 16, 2005

Morte consumada e morte vivida

Custo a acreditar, mas é verdade... Hoje, algo que estava fazendo força para viver dentro de meu ser, foi brutalmente assassinado. Agora não sei o que fazer, estou com uma espécie de cadáver dentro de mim. Será que existe serviço funerário para esse tipo de morte.
Imaginem a cena:
- Alô, é da funerária que cuida de sentimentos mortos.
- Sim senhor, somos especialistas em retirar, encaixotar e enterrar sentimentos que morreram e não servem para mais nada.
- Se eu levar o cadáver até vocês sai mais barato?
- Não existe custo senhor, nosso pagamento é seu bem estar.

É evidente que a parte de não cobrar nada pelo serviço é pura ficção, desde quando alguém faz um serviço desses e não cobra nada. Eu cobraria!
Mas a questão não é essa, o fato é que tenho que retirar esse cadáver daqui. Tá começando a produzir mal cheiro, não por mim pois não sinto cheiro, mas pelos vizinhos que podem começar a desconfiar de algo.

"Estudiosos como Michel Vovelle concebem a morte de duas formas: a morte consumada e a morte vivida. A primeira consiste no fato bruto da mortalidade, cujo valor é difícil de ser apreciado, pois é determinado por vários referenciais como período histórico, localização geográfica, diferenças entre os sexos e faixas etárias. Já a morte vivida é a rede de gestos e rituais que acompanham o morto e seus familiares desde o percurso da última enfermidade até a agonia do túmulo."

A morte consumada neste caso não teve efeito muito drástico, mas a morte vivida...
essa sim vinha me atormentando há muito tempo. Todo o processo de desligamento que vem ocorrendo desde a última enfermidade estava sendo muito doloroso. Acho que na verdade essa morte que ocorreu aqui dentro tem um algoz. Eu mesmo. Sou o assassino que segurava a vontade e necessidade de matar pelo simples prazer da observação. Mas hoje a coisa foi diferente. Acordei, senti esse sentimento agonizante e sem pestanejar dei o tiro de misericórdia. E como sou o assassino, cuidarei sozinho desse cadáver. Assim não deixo pistas para a polícia e saio ileso deste assassinato tão terrível que cometi há menos de 1 hora atrás.

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terça-feira, maio 10, 2005

A árvore vermelha no meio do caminho...


Tem uma trilha no meio da serra onde ainda existem as tão raras árvores vermelhas, seres de tempos imemoriais, que por uma característica específica possuem o caule da cor vermelha que é extremamente gelado. É um ótimo sinal encontrá-las na beira da trilha, significa que foi presenteado pelo espírito da floresta e pode parar para descansar com total sossego. Uma maneira de recarregar as energias consiste em simplesmente abraçar a árvore de modo que seu corpo fique completamente grudado a ela. Depois desse ritual você ganha mais umas duas horas de energia extra para continuar, pode ser que mais pra frente ainda encontre outra, então é só parar e repetir a dose.

Ilustre Botânica

É curioso como existem coisas que ainda não compreendemos, uma delas é a comunicação com as plantas. Estudos universitários de botânica revelaram que ao colocarmos sensores iguais aos usados para detectar mentira em humanos, nos filodendros de uma planta, consegue-se obter resultados no mínimo curiosos. Um grupo de botânicos combinou que colocaria algumas plantas numa sala, ligadas aos tais sensores . De noite, alguém do grupo escolhido por um sorteio secreto, entraria sorrateiramente e mataria uma das plantas. De manhã o grupo inteiro se encontraria e um a um chegariam perto das plantas, na vez do assasino os sensores dispararam e indicaram estado pleno de agitação de todas as funções das plantas. Elas entraram em pânico!
Será que prenderam esse assasino? Queria ver sua cara, poderia falar-lhe poucas e boas. Onde já se viu, assasinar uma planta só para um teste desses!

Será que as árvores vermelhas que encontro em minhas caminhadas na serra do mar lembram de mim toda as vezes que nos vemos? Quantas coisas poderiam contar se pudessem falar nossa língua. Espero um dia ter a capacidade de conversar com elas, quem sabe não aprendo como era o mundo quando todos os seres ainda viviam em harmonia com a natureza, onde um desma-tamento só ocorria por ordem natural e tanto a água como o ar eram as coisas mais limpas do planeta. Como elas eram alegres nessa época...

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quarta-feira, maio 04, 2005

Do Bep-bop ao Third Stream...


Charlie Parker que me perdoe, mas o surgimento do estilo cool foi essencial para que o Jazz tomasse um rumo mais harmônico e cerebral do que aqueles solos e síncopas nervosas do bep-bop que tanto me irritam. É como se o disco girasse numa rotação superior, coisa para virtuoses e neuróticos. Graças a Miles Davis, que também deve ter se irritado com isso, a harmonia volta a ser resgatada e só assim voltamos a ter contato com esse som maravilhoso do verdadeiro Jazz.
Foi Miles Davis que mais tarde inovou e ajudou a criar o Fusion ou Jazz Rock, controverso entre os Jazzistas, mas de extremo bom gosto comparado ao Bep-bop. É claro que esse estilo foi corrompido com o surgimento de sintetizadores eletrônicos e coisas do tipo. Mas tanto Miles como Charlie eram músicos além de seu tempo e continuaram a ajudar na evolução do Jazz, resgatando mais uma vez a verdadeira essência com o estilo Third Stream, onde se encaixa o incrível Dave Brubeck. Que maravilha fizeram eles, uniram de vez a música clássica ocidental com o Jazz de raiz rítmica.
Conta a lenda que esses grandes músicos de Jazz sempre brincaram com a união da música clássica ao improviso do Jazz, mas isso sempre foi som para poucos. Eles se reuniam em grupos, tocavam uma peça clássica e cada um tinha o seu momento de improvisação, devendo voltar a peça clássica no tempo certo. Os que não conseguiam esse feito paravam de tocar e ficavam de fora da roda só escutando os que realmente conheciam da arte... Quem me dera estar sentado num lugar desses tomando um belo copo de wisky e apreciando a verdadeira essência deste estilo musical tão maravilhoso.

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